Descrição |
Quando se trata da arte de ensinar, nunca se diz tudo, nunca se termina, nunca basta, pois a sociedade é formada por pessoas e pessoas mudam. Pessoas são diferentes, possuem culturas e modos de ver a vida totalmente diferentes e, por isso, é que sempre estamos mudando, adequando-nos, inteirando-nos das realidades que nos cercam para podermos dar respostas suficientes ao que a sociedade nos apresenta. José Kentenich, desde cedo, percebeu a discrepância no que diz respeito ao progresso exterior e maturidade interior e o desafio de lidar com ela. Assim nos mostra sua primeira e profunda palestra pedagógica aos alunos do internato, em 1912. Sua vida é prova que o sofrimento pode converter-se em vitória quando se sabe realmente aproveitar as situações da vida. Foi uma personalidade marcada por seu ser paternal, mesmo sem ter tido contato com a figura paterna. A realidade de uma educação marcadamente tradicional que não concebe o indivíduo como ser único e original, sem respeitar sua liberdade nem construir vínculos perduráveis e verdadeiros fez com que Kentenich, ao longo de sua vida, empenhasse todas as suas forças na formação de um novo homem em uma nova sociedade, a partir da prática do autoconhecimento. Não se pode educar alguém do dia para a noite, muito menos para usufruir com dignidade e liberdade de seus direitos de escolha. Nesse sentido, José Kentenich criou uma pedagogia baseada no respeito ao ser único e original. Partindo da dignidade de cada ser humano, desenvolve nele sua capacidade para decidir-se pelo amor, pelo bem, pela verdade e beleza e assumir o compromisso de fazer efetivo o decidido. A essa pedagogia chama-se Cinco Estrelas Condutoras: Pedagogia da Confiança, Pedagogia dos Vínculos, Pedagogia da Liberdade, Pedagogia do Ideal e Pedagogia da Aliança. Sua pedagogia estende-se por muitos países também em escolas e creches. Um exemplo no Brasil é o Instituto Mãe de Deus, localizado em Londrina, desde 1936, onde as Irmãs de Maria de Schoenstatt atuam. O objetivo desse estudo é mostrar que, mesmo em meio a uma sociedade cada vez mais individualista, mecanicista e formalista, é possível educar personalidades sólidas e firmes que agem por liberdade interna sem deixar-se persuadir pelas ideologias atuais. Neste contexto, a pedagogia de Schoenstatt converte-se em um movimento de educação e de educadores que busca desenvolver integralmente os educandos em cidadãos livres e autônomos, com capacidades para atuar na sociedade de um modo solidário, responsável e livre, mas, sobretudo, com amor. |
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