Estresse e qualidade de vida no trabalho dos profissionais do centro de atendimento psicossocial (caps) de Atibaia

Abstract

No presente trabalho, pretendeu-se estudar o estresse e as fontes estressoras das profissionais que atuam no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Atibaia/SP. Participaram do estudo 7 profissionais que atuam diretamente no serviço de saúde mental. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos Lipp (ISSL) - (2000), que investiga a prevalência do estresse, as fases (Alerta, Resistência, Quase-Exaustão e Exaustão) e a sintomatologia predominante (físicos e/ou psicológicos); Questionário de caracterização sócio-demográfica que foi elaborado com o objetivo de identificar o perfil das profissionais que atuam no serviço de saúde mental e relacioná-lo com o nível de estresse e fontes estressoras; Roteiro complementar quanto à percepção do estresse em relação aos fatores do trabalho e duas questões relativas à percepção do próprio estresse referentes aos aspectos do trabalho e fatores externos. De acordo com os resultados pode-se inferir que a maioria das profissionais de saúde mental deste estudo vivenciam manifestações de estresse. Essa observação foi possível a partir dos dados obtidos no ISSL, no qual o nível de estresse da amostra foi de 57,14% (n=4), das quais 75% (n=3) estavam na fase da resistência e 25% (n=1), na fase da exaustão com predominância nos sintomas psicológicos. Condições de trabalho foi o fator mais frequentemente associado à percepção de estar sobre estresse. Através deste estudo, constatou-se a importância de promover ações que estabeleçam programas para o tratamento do estresse já instalado, bem como para sua prevenção, contribuindo para a redução dos estressores relacionados ao trabalho e as consequências de longo prazo.