Resumo:
O presente trabalho visa compreender a relação entre o sujeito e o uso do álcool na contemporaneidade, buscando seu sentido e como esse veio se transformando ao longo da história, por meio de uma revisão bibliográfica. Utilizou-se como ponto de partida considerações acerca do prazer e sofrimento vivenciados pelo homem nesse contexto, mais especificamente, até que ponto o uso de álcool pode ser considerado uma psicopatologia, isto é, um modo de ser-doente, ou, por outro lado, quais são as possibilidades do sujeito aproveitar a vida em todo seu vigor existencial, em seu modo de ser-saudável. O uso do álcool existe desde os tempos mais remotos segundo dados históricos, assim, possui significados amplos e diversos para as sociedades do mundo. Por conta das dificuldades enfrentadas na tarefa de traçar uma linha conceitual sobre as manifestações dos fenômenos ocorridos com os sujeitos dentro dessa dinâmica, são de fundamental importância maiores investigações e desenvolvimento de abordagens que se dediquem ao sujeito em seu modo integral, na singularidade de sua condição humana, rompendo com preceitos e/ou expressões inautênticas acerca do alcoolismo. A escolha por um olhar da fenomenologia-existencial se fundamenta na possibilidade de compreender o sujeito em seu modo excepcional, buscando sentido à sua existência, assumindo-o como um ser livre para escolhas e com infinitas possibilidades, podendo-o vislumbrar por uma vivência de maior presença e significância.