Resumo:
Este trabalho procurou trazer reflexões sobre a Pedagogia Hospitalar, o papel
do professor e a importância do uso da arte como subsídio para o
desenvolvimento da criança em estado de internação. Partiu da seguinte
questão: como o uso da arte pode influenciar no desenvolvimento da
aprendizagem e integração de pacientes em situação de internação hospitalar?
Seu objetivo geral, procurou analisar a importância do uso da arte, como recurso,
para o desenvolvimento da aprendizagem, do sensível, da integração e inclusão
do aluno em fase de internação hospitalar e a metodologia, consistiu em uma
análise do levantamento bibliográfico de artigos e livros sobre o tema, uma vez
que devido à Pandemia não foi possível a realização de uma pesquisa de campo.
Com contribuições de autores como: Lev S. Vigotski, Ana Mae Barbosa, João
Francisco Duarte Junior, Konder entre outros, foi possível observar que o mundo
sensível e estético, contribui sobremaneira ao desenvolvimento da criança e
adolescente, inclusive e, sobretudo, em ambiente desafiadores, como no caso
de uma internação hospitalar. Forma e conteúdo constituem-se como par
dialético ao desenvolvimento e precisam de atenção dos professores. A fase
hospitalar traz sentimentos como; insegurança, medo, incertezas, perda da
identidade, afastamento social e principalmente um impedimento da interação
lúdica cotidiana, tão importante e necessária para o desenvolvimento. Se na
escola regular, pensa-se na importância de uma pedagogia com um olhar mais
sensível, de escuta afetuosa e de um atendimento humanizado, visando o
desenvolvimento integral da criança, na Pedagogia Hospitalar, observa-se a
necessidade de um preparo e conhecimentos mais aprofundados sobre seu
papel e sua contribuição. Conclui-se que, a partir das mediações artísticas, em
suas diversas expressões, é possível contribuir não apenas no desenvolvimento
cognitivo, mas na superação de obstáculos e no desenvolvimento afetivo,
psicomotor e social. A arte em sua transdisciplinaridade, resgata experiências e
vivências interrompidas pela internação, aproxima o contato consigo mesmo o
que permite novas sensações e emoções, consequentemente desenvolve o
pensamento, a imaginação e a criatividade. A arte se torna um dos principais
pilares deste processo.