Resumo:
O trabalho que segue intitulado “O sofrimento psíquico e a depressão na infância” teve por objetivo discorrer sobre o que pode ser uma possível incidência da depressão na infância. Partiu-se do pressuposto da manifestação do sofrimento psíquico que fomenta em um questionamento acerca da compreensão de uma escuta da criança com depressão, considerando que as crianças nesse momento da vida, encontram-se em vias da sua estruturação psíquica. Assumiu como método levantamento bibliográfico da literatura científica, com tratamento qualitativo das informações, embasado em artigos, livros, teses e dissertações. Retomou-se a leitura de renomados estudiosos assim como de estudiosos contemporâneos, buscando realizar uma linha de concordância ou não entre eles. Através desse levantamento emergiram três eixos teóricos que deram forma a esse trabalho. O capítulo 1 apresenta um breve histórico da etiologia da infância, desde os tempos da Idade Média até a atualidade, fazendo menção ao sofrimento da criança e sua representação na contemporaneidade. No capítulo 2 foi discorrido sobre a Psicanálise e a Clínica Infantil apresentando a Constituição do Sujeito na teoria Psicanalítica, fazendo breve menção à medicalização enquanto realidade na vida infantil. Finalizando, o capítulo 3 foi dedicado a Depressão Infantil, traçando uma breve linha histórica sobre sua origem entre o público infantil, bem como sua consequência, prevalência e sintomas. Na discussão e considerações finais apresentou-se o quanto as contribuições da psicanálise, especificamente as do legado deixado por Freud sobre a sexualidade infantil auxiliam no cuidado e entendimento da criança em sofrimento fazendo alusão ao sofrimento e a depressão como uma realidade do novo século. Sinalizou-se sobre o discurso que envolve a medicalização como método terapêutico quando seu uso se associa a um recurso para “curar” as dores do mundo contemporâneo que atingem as crianças e sua constituição enquanto sujeito.