Resumo:
A pesquisa teve como objetivo, ampliar a compreensão sobre o Transtorno de Personalidade Antissocial na adolescência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, construída por meio do levantamento bibliográfico, de livros e artigos de cunho científico, tendo D.W. Winnicott, como principal canal de conhecimento, e outros autores que contribuíram significativamente para este estudo. Primeiramente, foi investigado os aspectos inerentes à adolescência, principalmente as mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais, que tem impacto na construção da identidade. E feito o resgate ao histórico do transtorno, com um apanhado da psiquiatria, que aproximou à psicopatia a personalidade antissocial. Posteriormente, abordou-se uma perspectiva winnicottiana acerca dos comportamentos antissociais, em destaque, o conceito de deprivação. Nesse processo de deprivação, há o carecimento de características essenciais no âmbito familiar. Ao indivíduo perceber a falha ambiental acometida, sua personalidade sofre uma distorção. Conclui-se que, a sociedade interpreta os atos antissociais como uma delinquência, estigmatizando o adolescente, como “violento e marginal”. Faz-se necessário, um olhar analítico e contextualizado, conforme a realidade sociocultural, e as condições oferecidas pelo ambiente a este adolescente. Dado que, esses são aspectos de valor impactante na vida do indivíduo. Compreende-se que, os comportamentos antissociais, são uma atuação do adolescente, que visa o suprimento da falha ambiental, em um ato de esperança de recuperar a experiência inicial boa, caracterizando, um pedido de ajuda.