Resumo:
Este trabalho teve como objetivo geral compreender a diferença de luto e melancolia nas relações amorosas, tendo como objetivos específicos analisar a partir de alguns conceitos psicanalíticos a escolha de objeto de amor, sua relação nos processos de separação e identificar os processos do luto e melancolia. O luto não se caracteriza apenas como a morte de um ente querido, mas também é a perda simbólica de alguém ou algo que carregue uma abstração para o sujeito. Já a melancolia também é uma reação a perda do objeto, mas de forma patológica e de cunho mais ideal. Para compreensão do que leva alguém elaborar ou não o luto, fez-se necessário analisar os processos que envolvem a escolha de objeto, o luto e melancolia. Primeiramente foi introduzido alguns conceitos da psicanalise envoltos no processo de escolha de objeto, que consta o que é objeto, quais os primeiros vínculos e separações do sujeito, as fantasias, a identificação e o amor, seguido pela explicação do processo de luto e melancolia para compreensão do que leva alguém elaborar o luto ou não. A não elaboração do luto pode ocorrer devido a negação do sujeito pela perda ou a pressa na superação, consequentemente não respeitando o tempo devido para o luto. O trabalho teve como método a revisão bibliográfica de estudos já publicados e leituras das obras de autores psicanalíticos. A partir deste estudo, foi possível compreender as escolhas que leva um sujeito escolher seu cônjuge; como a relação com os primeiros vínculos da relação mãe-bebê interfere nas relações futuras; como se dá os processos de identificação com os outros e o que ocorre com essas identificações na perda; o mecanismo das fantasias na relação com o outro e as crenças sobre o amor para o sujeito e a sociedade, no qual também tem peso na hora do término. Já os processos envolvidos na dor são os mesmos da escolha do objeto, porém, em demasia.