Resumo:
A infância é um período do desenvolvimento humano onde muitas coisas acontecem. É quando são formadas as primeiras percepções dos indivíduos acerca do mundo com o qual interagem, é a fase em que mais mudanças ocorrem dentro de um determinado espaço de tempo, e além disso é também a época em que os seres humanos tem a maior plasticidade cerebral, ou seja, são mais flexíveis. Levando isso em consideração, essa etapa da vida é compreendida como um alicerce, que influenciará a construção das demais etapas da vida. É compreensível que diversos autores ao longo dos anos tenham passado a se dedicar a esse estudo. Dentre os que deixaram marcas mais significativas, está Sigmund Freud. O pai da psicanálise revolucionou os estudos do desenvolvimento infantil com sua teoria psicossexual, onde ele busca destrinchar isso que chamamos de “infância” em fases ainda mais específicas com demandas particulares. É a partir dessa teoria que o presente trabalho visou entender como se dá essa influência da puerícia sobre as fases subsequentes, em especial do ponto de vista psicopatológico. Em outras palavras, a pesquisa teve por objetivo compreender as etapas do desenvolvimento psicossexual para Freud durante a primeira infância investigando o quê, exatamente, acerca da infância pode causar - ou até mesmo evitar - as psicopatologias. O método empregado na presente pesquisa foi de levantamento de literatura bibliográfica de forma não sistematizada, através de uma revisão de literatura, tanto de obras freudianas quanto de outros teóricos alinhados à psicanálise, tornando-se possíveis duas maiores conclusões: uma é que existem fatores comuns associados a segurança que contribuem para a constituição patogênica, e a outra é que a definição de patologia não é tão simples, visto que todos os seres humanos têm a propensão para desenvolvê-las. Com este estudo, foi possível entender a infância e suas conveniências peculiares e compreender como as falhas ambientais trazem riscos patológicos.