Resumo:
As Metodologias Ativas, já consagradas no Ensino Superior, conquistam cada vez
mais espaço e atenção nos demais níveis educacionais. A presente pesquisa buscou
identificar como se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem, sob o olhar de
estratégias de métodos de aprendizagem ativa, em conteúdos curriculares das
Ciências Humanas e da Natureza, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A série
contemplada foi um terceiro ano de uma escola pública central, da cidade de Atibaia,
São Paulo. Em resposta a tal questão, investigou-se e analisou-se a existência de
características, limitações e alternativas, relacionadas à aprendizagem ativa, em aulas
de Ciências Humanas e da Natureza, na citada turma. Deste modo, acompanhou-se
e registrou-se as aulas de Ciências Humanas e da Natureza, na procura de estratégias
representativas de metodologias ativas, através das narrativas da professora e dos
alunos. Ao mesmo tempo, discutiu-se as possibilidades, adequações e limites dessa
tendência metodológica, neste nível educacional. Para o apoio referencial, foram
considerados levantamentos bibliográficos sobre algumas tendências metodológicas
tidas como ativas, como o Método de Projetos de Kilpatrick, o Estudo de Caso, a
Aprendizagem Baseada em Problemas, e a Metodologia da Problematização com o
Arco de Maguerez, além de documentos educacionais. Foram cruzadas as ideias
desses estudos, com as falas e atitudes da professora, dos alunos, juntamente com
as anotações realizadas no acompanhamento das aulas. O cotidiano da citada turma
foi examinado de forma acurada, atentando-se exatamente para três sequências
didáticas tematizadas, ou seja; o trabalho "Dengue", a atividade "Lugares da Cidade",
e a dinâmica "Coronavírus". Examinou-se o modo como a professora conduzia suas
aulas e a forma como os alunos interagiam aos estímulos, sempre com um olhar para
a mediação da docente e o protagonismo dos alunos. As atividades em equipes e a
autonomia dos alunos dispensaram especial atenção. Identificou-se, na professora, a
forma interdisciplinar e reflexiva como abordava as sequências didáticas, e o modo
contextualizado como instigava os alunos à relações com a realidade. Quanto aos
alunos, ressaltou-se a autonomia e habilidades coletivas/colaborativas em
desenvolvimento. As considerações finais direcionaram para a constatação de uma
prática questionadora e instigante, por parte da professora, correspondida pelos
alunos, que se mostraram participativos e envolvidos às propostas.