Descrição |
Durante a infância, o ser humano passa por diversas experiências impactantes em
seu desenvolvimento, tendo as relações pessoais e o ambiente como fatores
influentes. É na interação com esses fatores que o sujeito desenvolverá suas
primeiras aprendizagens, que serão expandidas para outros ambientes. Sendo a
relação parental um importante constituinte do processo de desenvolvimento do ser
humano, principalmente na infância, é primordial compreender os aspectos que essa
interação abrange. Portanto, buscar-se-á, através de pesquisa bibliográfica,
entender como as práticas parentais podem influenciar no processo de
amadurecimento infantil e de que maneira interferem na construção das crenças do
sujeito. As crenças centrais correspondem ao nível de cognições mais profundo,
difícil de acessar e modificar, tendo sua origem na infância. Como dependentes de
seus pais ou responsáveis, as crianças têm seus esquemas cognitivos altamente
suscetíveis à influência dessas figuras. As práticas adotadas pelos pais com relação
aos filhos darão origem a diferentes estilos parentais, desencadeando diferentes
respostas e consequências no comportamento e desenvolvimento infantil. As
crianças estão mais propensas a internalizar crenças sem senso crítico,
experienciando os eventos de modo absolutamente significativo para desenvolver
sua percepção da realidade. Diferenciam-se três principais estilos de controle
parental: autoritário, permissivo e autoritativo. Os pais que atuam de modo
autoritário tendem a contribuir para o desenvolvimento de pensamentos e crenças
negativas, responsáveis por produzir ansiedade. Já os pais que agem de modo
equilibrado, contribuem para formar crenças autorreferenciadas positivas, garantindo
um ambiente de aceitação. O estilo autoritativo é o mais recomendado como base
para as práticas educativas, por considerar aspectos cognitivos, emocionais e
sociais importantes e necessários para o desenvolvimento ajustado e saudável,
criando um ambiente favorecedor do desenvolvimento da autonomia. |
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