Resumo:
Nas últimas décadas, a população idosa no Brasil vem aumentando significativamente em comparação ao total da população. Com isso, o número de idosos em Instituições de Longa Permanência (ILP) veio a crescer, de modo a atender as demandas desta faixa etária. O objetivo dessa pesquisa foi analisar o existir do idoso institucionalizado, almejando compreender como é vista e vivida a velhice atualmente. Para isso foi realizado um estudo teórico qualitativo de base psicanalítica por meio de levantamento bibliográfico da literatura cientifica, sob o enfoque de teóricos tais como Sigmund Freud e Ângela Mucida. No primeiro capítulo, apresentam-se dados estatísticos e históricos a respeito do envelhecer e da velhice. Em seguida, discute-se a percepção do processo de envelhecer em idosos institucionalizados. Por fim, estabelece-se uma compreensão psicanalítica a respeito do envelhecimento. Considera-se que para a psicanálise o inconsciente não envelhece, o que envelhece é o corpo; a velhice não poderia modificar o psiquismo. O envelhecer seria marcado pelas perdas, por um movimento predominante de desinvestimento em objetos, e ao mesmo tempo, uma falta de disponibilidade interna em realizar novos investimentos.