Descrição |
Apesar da dependência química ser existente desde os primórdios da humanidade, ela foi considerada uma doença crônica e incurável somente partir do ano de 1976. Essa doença está afetando todos, independente de gêneros, faixa etária e classes sociais, tornando-se um grave problema para a sociedade. Como um sujeito ativo na sociedade a mulher acaba sendo também afetada pelo uso dessas substâncias psicoativas. A terapia cognitivo comportamental tem sido considerada como uma técnica eficaz quando se trata de dependência química, tanto para o alcance quanto para a manutenção da abstinência. Devido a isso, o presente trabalho tem como objetivo compreender e analisar a dependência química no sexo feminino, além de analisar também as dificuldades encontradas pelas mulheres, tanto na adesão quanto no transcorrer do tratamento contra a dependência. Para tanto, realizou-se incialmente um levantamento bibliográfico sobre publicações científicas da psicologia na temática da dependência química em geral e focado no sexo feminino, bem como, sobre as estratégias e técnicas utilizadas pela abordagem cognitivo comportamental nos fatores envolvidos nesta problemática. Também foram realizadas entrevistas com dependentes químicos femininos e masculinos a fim de levantar as informações necessários para o presente trabalho. Verificou-se diferenças biológicas, sociais e familiares em relação aos dependentes químicos feminino e masculino, fazendo com que as mulheres apresentem mais dificuldades em aderir e concluir os tratamentos. Constatou-se também que as principais estratégias e técnicas utilizadas referem-se, principalmente, às técnicas que visam a abstinência, tendo a Terapia Cognitivo Comportamental uma contribuição significativa nas intervenções com mulheres dependentes, principalmente pelo olhar biopsicossocial que a abordagem possibilita, já que elas perdem seus papéis sociais. Além disso, ressalta-se a importância de avanços no que se refere às políticas públicas para enfrentamento mais eficiente dessa problemática, bem como, pela importância da ampliação de pesquisas científicas sobre as práticas psicológicas ligadas à dependência química feminina, principalmente com enfoque cognitivo comportamental. |
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