Resumo:
Esta presente pesquisa foi realizada através da metodologia narrativa de literatura e buscou discorrer sobre o acolhimento à parturiente tanto nos seus períodos gestacionais, parturais e puerperais, na perspectiva da Psicologia Humanista. Entende-se por período gestacional as aproximadamente 40 semanas de gestação; por período partural as horas ou dias de processo de parto e o parto propriamente dito; período puerperal o pós-parto. Desta forma, para dialogar a importância e possibilidade deste acolhimento, foi realizado breve discussão acerca das consequências que a medicalização do parto trouxe para estas mulheres, procurouse abordar os aspectos negativos – no qual é discorrido sobre a violência obstétrica – e aspectos positivos, além disso, foi realizada uma reflexão acerca da desigualdade de gênero que incide na sociedade e como isto também está relacionado nestes fenômenos, como o parto, bem como feito um recorte racial. Outrossim, para além da equipe médica e a atenção humanizada que a parturiente carece nestes períodos, foi discutido não somente o acolhimento, mas também o acompanhamento da doula e do pai da criança – utiliza-se o termo pai, pois muitas vezes a pessoa do gênero masculino não seja o conjugue e/ou companheiro atual da parturiente. Por fim, buscou fomentar a importância de um acompanhamento psicológico sob a ótica da Psicologia Humanista e a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), e como este acompanhamento é respaldado por lei do Estado, tal como foi informado às consequências e fragilidades da mulher que passa por estes períodos sem acompanhamento. Ademais, foi discutido o compromisso social da psicologia para com a população e oferecido em forma de proposta possibilidades de atuação no acolhimento da parturiente através do serviço de plantão psicológico.